
Beatriz Ferreira, conhecida como ‘Bibi na batera’, aprendeu a tocar bateria na escola de música que frequenta e também ouvindo as canções que ela gosta.
Com um público formado por bichos de pelúcia e algumas bonecas, e conquistando fãs a cada dia, a ‘Bibi na batera’ comemora o Dia das Crianças do jeito que mais gosta: tocando bateria igual gente grande.
A moradora de Sorocaba (SP) Beatriz da Silva Ferreira, de apenas cinco anos, começou as aulas de música há um ano e hoje consegue tocar 19 músicas na bateria. Com um canal nas redes sociais, a menina tem milhares de seguidores e já até tocou na rua, em um parquinho.
Em entrevista ao G1, Ailson Ferreira, pai da Beatriz, conta que tocar bateria é algo natural para a filha. “Ela brinca com a bateria, coloca suas pelúcias e bonecas como convidados. A brincadeira dela é fazer show”, conta.
Ainda segundo o pai, a menina já demonstrava interesse pela música quando ainda era um bebê. O metalúrgico ressalta ainda que ninguém na família é músico ou toca qualquer instrumento.
Segundo ele, Bibi aprendeu a tocar na escola de música que frequenta e também ouvindo as canções que ela gosta.
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Quando Bibi estava com quatro anos, os pais perceberam o interesse da menina em cantar e batucar usando brinquedos musicais. No mesmo período, a família levou a menina pela primeira vez em um evento em que bandas de rock se apresentaram.
Uma das bandas era formada somente por mulheres e Beatriz ficou encantada com a baterista, que resolveu deixar a menina brincar com o instrumento. Foi esse o primeiro contato da Bibi com a bateria.
Baldes e formas de bolo
“No dia seguinte, ela já começou a pedir uma bateria. Improvisei uma com baldes e formas de bolos e colocamos algumas músicas de fundo. Nesse momento percebi que o ritmo musical dela era fantástico”, conta Ailson.
Os pais perceberam que era hora de colocar a menina em uma escola de música e, com quatro anos e meio, Bibi começou a estudar bateria.
Com quatro semanas de aula, a menina aprendeu a tocar uma música completa e se apresentou em um evento da escola pela primeira vez, enfrentando o público com tranquilidade.
“A Bibi tem o dom. E o mais interessante é que ela não leva a bateria como obrigação e sim como diversão”, conta Fábio Amaro, o professor de bateria dela.
Primeira bateria
A primeira bateria da Beatriz foi um brinquedo de plástico, mas o brinquedo não aguentou o impacto das fortes batidas. Foi preciso encontrar uma nova bateria.
Ailson conta que comprou outra bateria de brinquedo, mas mais resistente. O desenvolvimento da menina com o instrumento foi tanto, que o pai vendeu a bateria de brinquedo e providenciou um instrumento de verdade.
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Com tudo isso, só faltava o público. Foi então que a própria menina pediu para o pai montar a bateria na rua, mais precisamente em um parquinho, para que ela fizesse um show.
“Eu montei a bateria e não tinha uma criança. Ela começou a tocar e as crianças começaram a aparecer, dançar e aplaudir”, conta o pai de Bibi.
Ailson é quem administra as redes sociais da menina, onde ela já tem quase 1.200 seguidores e vídeos com mais de 35 mil visualizações até esta sexta-feira (11).
E foram as redes sociais que ajudaram Bibi a mostrar seu talento. Hoje, ela toca em eventos como convidada especial, já ganhou elogios de músicos profissionais e ganhou patrocínio de uma empresa de baquetas e outra que fabrica peles de baterias.